
O Algar do Ladoeiro, a norte de Telhados Grandes
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Este é um dos algares mais impressionantes do Planalto de Santo António, sobretudo devido à sua entrada, de grandes dimensões e coberta de vegetação, e à morfologia da zona de entrada, que apresenta um grande lajedo em bancadas inclinadas para sul. Também foi um dos algares descido por Ernest Fleury no início do século XX, que dele desenhou um esboço topográfico que apresentou nos trabalhos que deu aconhecer. |
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O Algar das Gralhas VII no cabeço da Chainça, em Pé da Pedreira
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| O nome deste algar resulta do facto de serem conhecidas cerca de uma vintena de cavidades no extenso campo de lapiás do cabeço da Chainça. Este algar, o sétimo a ser descoberto, ficou por isso com a designação atribuída ao algar identificado pelos habitantes locais (das gralhas) seguida do número de ordem da sua descoberta. Data de 1960 o primeiro registo de incursões da SPE nesta área e, após sondagem deste profundo algar, a SPE decidiu construir um guincho mecânico para descida e subida dos espeleólogos, que foi utilizado um ano depois, com sucesso mas também com muitas peripécias, perpetuadas pelas histórias passadas de geração em geração e parcialmente descritas no artigo publicado pelo Artur e o Jaime no boletim da SPE. | ![]() Pedro Fonseca iluminando lago com cristais na Sala da Diaclase (foto JACrispim/SPE, 1985) |
O Algar da Chou Jorge em Cabeça das Pombas
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| Situado no sopé da vertente setentrional de um vale seco que desce das serras da Mendiga para o interior do Planalto de Santo António, o Algar da Chou Jorge é outra das cavidades descidas por Ernest Fleury no início do século XX durante o seu trabalho na área de recarga da nascente dos Olhos de Água do Alviela. Este algar só voltaria a ser identificado com fins espeleológicos no início da década de 70 quando equipas da SPE, constituídas por José António Crispim, João Sena e Carlos Sá Pires, entre outros, prospectando a região de Cabeça das Pombas, ouviu contar que “apareceu por aí um francês que trazia burros com cordas e paus, acompanhado por uns dez homens; chegaram ao algar, montaram os paus em tesoira por cima da boca, com uma roldana por onde passavam as cordas; o francês ia descendo até ao fundo do algar enquanto os outros cá fora seguravam a corda para o descer”. |
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O Algar da Arroteia em Chão das Pias
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Descoberto na década de 60 do século XX por sócios da SPE em prospecção na região de Chão das Pias, este algar, então também conhecido por Algar das Gralhas, situa-se na extremidade setentrional do Planalto de Santo António, numa zona em que as circulações subterrâneas têm vários caminhos alternativos para um conjunto de pequenas nascentes associadas à cabeceira do Rio Lena. Traçagens com corantes fluorescentes realizadas cerca de três décadas depois demonstraram que as águas que circulam neste algar aparecem à superfície na nascente da Moinhola do Maneta, onde em tempos funcionava uma azenha, um pouco a montante da principal nascente do Lena, o Olho de Água da Ribeira de Cima. |
Os Algares da Bajanca e do Cofelo
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O Algar do Cofelo foi descido por Ernest Fleury no início do século XX. Todavia no seu “Relatório …” ele é apenas referido de passagem no texto, sem nome e sem localização exata. Aquando da formação da Sociedade Portuguesa de Espeleologia, as primeiras equipas de prospeção no Planalto de Santo António tiveram notícia destes algares mas não ficou memória escrita. Na década de 60/70 novas equipas de prospeção trabalhando na região de Azelha voltaram ao Algar do Cofelo. J.A.Crispim e João Sena identificaram as semelhanças da boca do algar com a fotografia publicada por E. Fleury e desceram-no até à profundidade de 50 m, muito acima dos 85 metros referidos por aquele autor. Juntamente com Pedro Marote, Vítor Leal e outros, são então feitos planos de desobstrução com auxílio de guincho mecânico e tapetes transportadores mas os projetos continuam a aguardar financiamento e ajuda de outras vontades. |



